terça-feira, 25 de maio de 2010

O que deves saber sobre diuréticos

O que são?

Os diuréticos são drogas que aumentam a formação e excreção de urina. Normalmente actuam ao nível dos tubulos renais para conseguirem o efeito desejado. Em Medicina são usados como drogas para controlar a hipertensão arterial, diminuir edemas (inchaços) ou para combater a insuficiência cardíaca congestiva (doença originada pela falência do coração).
Porque são utilizados pelos atletas?
Normalmente estas substâncias são utilizadas por duas razões:
1ª. - Para reduzir rapidamente o peso corporal em desportos em que há categorias de pesos. O boxe, judo, halterofilismo e remo são exemplos destes desportos. No culturismo, os diuréticos são usados como forma de "secar" os músculos, que assim terão melhor aspecto.
2ª. - Como tentativa de aumentar a excreção urinária e assim eliminar mais rapidamente eventuais substâncias dopantes.

Efeitos secundários potencialmente nefastos:

• Desidratação (diminuição da água corporal)
• Diminuição do volume sanguíneo
• Doenças renais
• Hipotensão ostostásica (tonturas ao passar à posição de pé)
• Alterações do ritmo cardíaco
• Perda acentuada de sais minerais


O uso de diuréticos está proibido no desporto. O seu uso não controlado pode ser extremamente perigoso. Têm-se registado mortes em atletas que tomando diuréticos tiveram problemas a nível cardíaco e renal. Para além disso, um atleta desidratado vê as suas capacidades diminuídas e arrisca-se a ter uma lesão.

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Novidades:

"Jogo Sujo" (Reportagem)

Também no futebol o ano de 2009 ficou marcado pela palavra doping, não por algum controlo positivo em particular, mas antes pelas revelações bombásticas do antigo internacional português Fernando Mendes. No livro “Jogo Sujo”, ainda que sem denunciar nomes de personalidades ou clubes, Mendes revela que o consumo de produtos dopantes era prática comum na altura em que jogava futebol. Ao longo das páginas da obra, o ex-futebolista confessa como tudo se processava: “No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através da injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (…) A injecção tinha efeito imediato, enquanto que os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo”.Fernando Mendes denuncia ainda ter tomado “Pervitin,Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome “e que, apesar de todos os atletas saberem que estavam a consumir doping , nunca viu “um único colega insurgir-se perante esta situação”. No “Jogo Sujo” é ainda mencionado que muitas vezes os produtos eram testados em juniores: “Estava ali para servirem de cobaias e novas dosagens (…) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno”. Fernando Mendes revela também que eram os médicos da própria equipa a sortear os atletas que iriam aos controlos anti-doping. Todavia, as bolas que continham os números dos atletas eram forjadas: as esferas correspondentes aos jogadores que haviam tomado doping eram arrefecidas previamente, para que o clínico as “reconhecesse” e assim, não as seleccionasse.

Fonte: Revista Ciclismo a fundo