terça-feira, 25 de maio de 2010

Médico Forndeceu doping a 23 estrelas do desporto

Legenda: Santana Moss, dos washington Redskins, é referido nos autos de acusação, noticia a imprensa de Baltimore.



Anthony Galea, médico de vários jogadores da Liga de futebol americano (NFL) e de outras estrelas como o jogador de golfe Tiger Woods, é o visado por uma queixa das autoridades federais dos EUA, relativa a tráfico de dopantes. Galea forneceu hormona de crescimento (hGH) a pelo menos 23 atletas, assim como Actovegin, um derivado de sangue de veado desprovido de proteínas.

A acusação foi formalizada em Buffalo, no estado de Nova Iorque. Galea é acusado de ter prestado falsos testemunhos às autoridades e por tentativa de fraude. Os autos não referem nomes de atletas, apenas à existência de três jogadores da NFL a quem Galea terá fornecido dopantes. Contudo, o Buffalo News noticiou que um desses atletas é Santana Moss, dos Washington Redskins.

Mas a lista de clientes é muito maior – pelo menos 23, de acordo com documentos da justiça canadiana, aos quais a ESPN teve acesso. De acordo com esta televisão desportiva, Galea encontrou-se com estes 23 atletas entre Julho e Setembro de 2009, em cerca de uma dezenas de cidades dos EUA, incluindo Nova Iorque, Boston, Washington e São Francisco.

O doutor Galea, de 50 anos, já era visado pela justiça canadiana por factos semelhantes aos descritos no processo nos EUA. Entre os seus pacientes encontram-se Tiger Woods, líder do ranking mundial de golfe e considerado o melhor golfista de sempre, a nadadora Dara Torres, participante em cinco Jogos Olímpicos, onde ganhou 12 medalhas, e Alex Rodriguez, estrela dos New York Yankees, equipa de basebol e ex-namorado de Madonna, que em 2009 admitiu ter usado esteróides anabolizantes entre 2001 e 2003.

Woods explicou recentemente a sua ligação a Galea, dizendo que se submeteu apenas a um tratamento que consiste em retirar sangue ao atleta, passá-lo por uma centrifugadora para retirar as plaquetas, ricas em factores de crescimento, e reinjectá-las na área de um tendão que o atleta tenha lesionado.

O antigo treinador de Woods, Hank Haney, confirmou à televisão The Golf Channel as explicações do jogador.
Retirado de: DN

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"Jogo Sujo" (Reportagem)

Também no futebol o ano de 2009 ficou marcado pela palavra doping, não por algum controlo positivo em particular, mas antes pelas revelações bombásticas do antigo internacional português Fernando Mendes. No livro “Jogo Sujo”, ainda que sem denunciar nomes de personalidades ou clubes, Mendes revela que o consumo de produtos dopantes era prática comum na altura em que jogava futebol. Ao longo das páginas da obra, o ex-futebolista confessa como tudo se processava: “No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através da injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (…) A injecção tinha efeito imediato, enquanto que os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo”.Fernando Mendes denuncia ainda ter tomado “Pervitin,Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome “e que, apesar de todos os atletas saberem que estavam a consumir doping , nunca viu “um único colega insurgir-se perante esta situação”. No “Jogo Sujo” é ainda mencionado que muitas vezes os produtos eram testados em juniores: “Estava ali para servirem de cobaias e novas dosagens (…) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno”. Fernando Mendes revela também que eram os médicos da própria equipa a sortear os atletas que iriam aos controlos anti-doping. Todavia, as bolas que continham os números dos atletas eram forjadas: as esferas correspondentes aos jogadores que haviam tomado doping eram arrefecidas previamente, para que o clínico as “reconhecesse” e assim, não as seleccionasse.

Fonte: Revista Ciclismo a fundo