quarta-feira, 21 de abril de 2010

Efeitos da Hormona EPO


A EPO é uma hormona peptídica produzida naturalmente pelo corpo humano. A EPO é libertada pelos rins e actua ao nível da medula óssea, estimulando a produção de glóbulos vermelhos. Um aumento do número de glóbulos vermelhos traduz-se num aumento da quantidade de oxigénio que o sangue pode fornecer aos músculos. Também pode aumentar a capacidade corporal para neutralizar ácido láctico.
Embora o uso adequado desta hormona traga inúmeros benefícios terapêuticos no tratamento de certas doenças, o seu uso impróprio pode traduzir-se em enormes riscos para os atletas que usam esta substância para ganhar vantagem em termos competitivos.
O teste para a detecção de EPO foi introduzido nos Jogos Olímpicos de Verão de 2000, em Sydney, na Austrália. O teste, validado pelo Comité Olímpico Internacional (COI), era baseado numa análise ao sangue e à urina. A análise ao sangue era realizada em primeiro lugar e a análise à urina era realizada para confirmar a possível utilização de EPO.
Max Grassmann, professor no instituto de fisiologia veterinária, transferiu o gene humano da EPO para ratos. A sua capacidade de produzir sangue aumentou de forma espectacular. “Cerca de 25% do seu peso corresponde a sangue” afirmou Grassmann, “mas este é tão espesso como o mel líquido. O exemplo destes ratos demonstra o que pode acontecer quando quantidades excessivas de EPO são introduzidas no organismo. O ferro que se acumula danifica os rins, até mesmo os nervos são afectados e os músculos começam a definhar. Resultado: os animais apenas vivem metade do tempo.”

1 comentário:

  1. eu quero saber quais sao os efeitos do doping, nao e so no esporte e nas outras pessoas tbm ta

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Novidades:

"Jogo Sujo" (Reportagem)

Também no futebol o ano de 2009 ficou marcado pela palavra doping, não por algum controlo positivo em particular, mas antes pelas revelações bombásticas do antigo internacional português Fernando Mendes. No livro “Jogo Sujo”, ainda que sem denunciar nomes de personalidades ou clubes, Mendes revela que o consumo de produtos dopantes era prática comum na altura em que jogava futebol. Ao longo das páginas da obra, o ex-futebolista confessa como tudo se processava: “No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através da injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (…) A injecção tinha efeito imediato, enquanto que os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo”.Fernando Mendes denuncia ainda ter tomado “Pervitin,Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome “e que, apesar de todos os atletas saberem que estavam a consumir doping , nunca viu “um único colega insurgir-se perante esta situação”. No “Jogo Sujo” é ainda mencionado que muitas vezes os produtos eram testados em juniores: “Estava ali para servirem de cobaias e novas dosagens (…) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno”. Fernando Mendes revela também que eram os médicos da própria equipa a sortear os atletas que iriam aos controlos anti-doping. Todavia, as bolas que continham os números dos atletas eram forjadas: as esferas correspondentes aos jogadores que haviam tomado doping eram arrefecidas previamente, para que o clínico as “reconhecesse” e assim, não as seleccionasse.

Fonte: Revista Ciclismo a fundo