terça-feira, 25 de maio de 2010

Incremento do transporte de oxigénio

O aumento artificial do transporte de oxigénio para os músculos baseia-se sempre na manipulação do sangue. Uma das técnicas é o uso de fármacos que têm a capacidade de aumentar a captação, transporte e libertação de oxigénio”. Um deles é a eritropoietina (EPO), produto que estimula a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos, cujo consumo alastrou no final da década passada a vários desportos e que provocou uma revolução nas marcas e nos tempos dessas modalidades.
Outra dessas substâncias é o RSR-13, encontrado pela primeira vez no circuito desportivo em 2001, durante a Volta à Itália em bicicleta, pela polícia paramilitar (Carabinieri), quando ainda estava apenas na terceira fase de testes médicos e não se encontrava em comercialização. O RSR-13 aumenta a capacidade química do sangue em libertar oxigénio nos tecidos e foi desenvolvido para aumentar a oxigenação do sangue dos doentes com cancro no cérebro quando estes são submetidos a tratamento com radiações ionizantes. A farmacêutica que o desenvolveu o fármaco, a Allos Therapeutics, Inc, considera pouco sensato usar RSR-13 no desporto, pois os seus efeitos têm duração muito limitada e obrigam à injecção intravenosa de grandes quantidades.
Uma técnica já antiga que nos últimos anos voltou a ser popular é o uso de transfusões com sangue do próprio atleta ou de um dador. Na autotransfusão, as recolhas são efectuadas em períodos de treino, muitas vezes antecedidas do uso de EPO ou de treino em zonas de altitude elevada (o ar rarefeito força a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos, também conhecidos por eritrócitos).
O sangue recolhido ao atleta – normalmente um litro – é conservado e depois administrado durante as grandes provas, em alturas em que a percentagem de eritrócitos (hematócrito) atinge valores mais baixos.
As autotransfusões não são ainda detectáveis pelos tradicionais testes anti-doping. Só a introdução dos perfis sanguíneos individuais (elaborados com base numa série de controlos ao sangue) poderá levar à punição dos atletas. Trata-se de uma técnica de detecção indirecta, cujo grau de certeza é calculado a partir de vários parâmetros sanguíneos.
Ao contrário das transfusões com o próprio sangue, as homólogas são detectáveis e já levaram à suspensão de vários atletas, entre eles Tyler Hamilton, que registou um teste positivo durante a Volta à Espanha de 2004 e só não perdeu o título ganho um mês antes nos Jogos Olímpicos porque não foi possível realizar a contra-análise a um teste suspeito feito ao norte-americano durante a competição, devido a um erro do laboratório de Atenas na conservação na amostra B.
A Agência Mundial Antidopagem também proíbe o uso de fármacos que manipulam o plasma sanguíneo, que carrega cerca de três por cento do oxigénio consumido pelo corpo.

Experiências positivas em ratinhos


Terapia genética pode criar superatletas

Uma terapia genética que faz duplicar a força muscular de ratinhos pode vir a ser usada para criar superatletas, alertou um investigador norte-americano. Já há pessoas interessadas em usar este "doping" genético e cientistas a trabalhar para criar formas de o detectar, afirmou Lee Sweeney, da Universidade da Pensilvânia.


Em estudos laboratoriais, verificou-se que nos ratos aos quais foi injectado um vírus, com o gene que comanda a produção de um factor de crescimento chamado IGF-1, os seus músculos cresceram em tamanho e força, numa proporção entre 15 e 30 por cento. Se esses ratinhos fossem submetidos a um programa de treino, a sua força muscular duplicava.

O objectivo desta experiência era desenvolver tratamentos contra doenças musculares. “Mas as coisas que desenvolvemos a pensar em tratar doenças podem vir a ser usadas para melhorar a ‘performance’ atlética”, disse Sweeney, no congresso anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Seattle.

“As mesmas técnicas poderiam ser usadas nos músculos de pessoas normais para os tornar mais fortes e mais capazes de se repararem a si próprios”, comentou Sweeney, citado pela AP.

Esse tratamento também poderia manter os músculos em forma durante mais tempo. Existem análises de sangue e urina para detectar a maior parte das substâncias usadas como “doping”. Mas a detecção do “doping” genético seria muito mais complicado. Apenas através de uma biópsia muscular se poderia detectar a presença de genes modificados num atleta, e esse procedimento é extremamente invasivo.

No entanto, estas formas de terapias genéticas nunca foram testadas em seres humanos, porque não se sabe se seriam seguras — as terapias genéticas que até agora chegaram a ensaios clínicos não deram grandes mostras de funcionar, isto quando não tiveram efeitos secundários catastróficos. Assim sendo, os primeiros ensaios em seres humanos podem realizar-se apenas daqui a muitos anos.

Mas esta investigação já chegou à comunidade desportiva. Por isso, Sweeney diz que metade dos “e-mails” que agora recebe são de atletas ou treinadores pedindo-lhe informações sobre a terapia genética capaz de criar músculos.


Apenas uma biópsia muscular poderia detectar a presença de genes modificados num atleta

JOGADOR DE TENIS SUSPENSO

Wayne Odesnik suspenso dois anos por posse de dopantes

Legenda: Bogdan Cristel-Reuters


A Federação Internacional de Ténis (ITF) puniu Wayne Odesnik com uma suspensão de dois anos. O norte-americano, de 24 anos, fora condenado por um tribunal de Brisbane por ter tentado levar para a Austrália hormona de crescimento (hGH) quando viajou para participar num torneio.

A suspensão vigorará entre 29 de Dezembro de 2009 e 28 de Dezembro do próximo ano, o que significa que todos os resultados obtidos desde a primeira data serão anulados, com destaque para o torneio de Houston (EUA), onde chegou às meias-finais.

Odesnik, actualmente no 186º posto do ranking mundial, foi detido a 2 de Janeiro, pelas autoridades aduaneiras da Austrália, quando tentava entrar no país com oito frascos de seis miligramas de hGH. O norte-americano foi condenado por um tribunal de Brisbane por importar esta substância controlada e teve de pagar 6198 euros de multa, incluindo custas judiciais.

O tenista argumentou publicamente que levou hGH porque lhe terá sido recomendada para tratar uma lesão. Mas Odesnik não tinha qualquer autorização terapêutica nem sequer a Agência Mundial Antidopagem permite usar esta substância como tratamento regular para problemas físicos.

DN: por Duarte Ladeiras

JOGO LIMPO



EPO (método de dopagem sanguínea)


O que é um perfil hematológico?


Esta abordagem baseia-se no conceito da detecção “indirecta”. Na determinação do perfil hematológico, não iremos detectar a presença de uma substância, ou o uso de um método proibido, na análise de uma amostra orgânica do praticante desportivo (sangue ou urina), mas sim os efeitos da manipulação desse perfil hematológico utilizando praticas de dopagem, independentemente da substância ou método proibido que possa ter sido utilizada. Algumas das substâncias e dos métodos proibidos que habitualmente são utilizadas pelos praticantes desportivos têm janelas de detecção muito curtas, o que dificulta a sua detecção. Noutros casos, não existem ainda métodos de detecção directa para determinadas substâncias e métodos proibidos. Esta estratégia visa contornar estas dificuldades, pois os efeitos da utilização dessas substâncias ou métodos proibidos ao nível do perfil hematológico perduram por um período muito mais prolongado. Desse modo, torna-se praticamente impossível que um praticante desportivo que utilize substâncias ou métodos visando o incremento do transporte de oxigénio não tenha uma repercussão no seu perfil hematológico, conduzindo a um perfil anómalo. Prevê-se que um perfil estabelecido com base em seis análises seja suficiente para permitir identificar uma manipulação do sangue. Em certos casos, o número de análises requeridas para detectar os efeitos da dopagem poderá até ser inferior.

Clubes são responsáveis pelos exames dos atletas

Todos os desportistas, árbitros, juízes e cronometristas filiados, ou que se pretendam filiar, numa federação com utilidade pública são obrigados a realizar um exame médico desportivo por clínicos especialistas em medicina desportiva ou médicos com preparação adequada, diz o Decreto-Lei 345/99, de 27 de Agosto.

"Os exames de base são definidos em função do grupo etário e da modalidade praticada. Por exemplo, um pugilista tem obrigatoriamente de realizar eletroencefalograma, assim como um mergulhador terá de fazer exames como electrocardiograma, saúde oral e otorrinolaringologia. No caso de pessoas com mais de 35 anos, são realizados exames complementares como provas de esforço e análises de sangue e urina", diz ao DN Renato Graça, antigo maratonista e médico do Centro de Medicina Desportiva de Lisboa.

"Todos os atletas de alta competição têm de realizar exames nos centros de medicina de Lisboa e Porto. Os outros atletas federados, como os futebolistas ou basquetebolistas, podem ser avaliados pelos próprios médicos dos clubes", recorda o clínico. Todavia, recorda, "quando é detectado qualquer sintoma, ou exista qualquer dúvida, as equipas devem e podem pedir exames complementares aos centro de medicina desportiva".

Os clubes profissionais devem ser acompanhados por uma adequada estrutura de apoio médico aos atletas, da responsabilidade de um médico especialista em medicina desportiva.

Centro de Medicina Desportiva


LUTA PARA SERES SAUDÁVEL


Legenda: substâncias dopantes

Tudo para ser o melhor!


Passaporte biológico


Documento adoptado para bater o doping


Documento electrónico individual, no qual são assinalados todos os resultados dos controlos anti-doping efectuados a um corredor. Este passaporte contém assim, os resultados dos controlos à urina e ao sangue, bem como um perfil hematológico e um perfil dos esteróides.~




Processo de controlo de doping


Legenda: Recolha de amostras de sangue

O que deves saber sobre diuréticos

O que são?

Os diuréticos são drogas que aumentam a formação e excreção de urina. Normalmente actuam ao nível dos tubulos renais para conseguirem o efeito desejado. Em Medicina são usados como drogas para controlar a hipertensão arterial, diminuir edemas (inchaços) ou para combater a insuficiência cardíaca congestiva (doença originada pela falência do coração).
Porque são utilizados pelos atletas?
Normalmente estas substâncias são utilizadas por duas razões:
1ª. - Para reduzir rapidamente o peso corporal em desportos em que há categorias de pesos. O boxe, judo, halterofilismo e remo são exemplos destes desportos. No culturismo, os diuréticos são usados como forma de "secar" os músculos, que assim terão melhor aspecto.
2ª. - Como tentativa de aumentar a excreção urinária e assim eliminar mais rapidamente eventuais substâncias dopantes.

Efeitos secundários potencialmente nefastos:

• Desidratação (diminuição da água corporal)
• Diminuição do volume sanguíneo
• Doenças renais
• Hipotensão ostostásica (tonturas ao passar à posição de pé)
• Alterações do ritmo cardíaco
• Perda acentuada de sais minerais


O uso de diuréticos está proibido no desporto. O seu uso não controlado pode ser extremamente perigoso. Têm-se registado mortes em atletas que tomando diuréticos tiveram problemas a nível cardíaco e renal. Para além disso, um atleta desidratado vê as suas capacidades diminuídas e arrisca-se a ter uma lesão.

O Álcool no desporto

Até que ponde achas que influencia?

O álcool é uma substância que actua no sistema nervoso central e que no desporto pode ser usado, em pequenas doses, com os mesmos propósitos que os canabinóides: reduzir o nervosismo, o tremor e a sensibilidade às lesões, aumentando a sensação de relaxamento e auto-confiança.

Mas o consumo de álcool também pode ser prejudicial para o desempenho dos desportistas e perigoso para os adversários, pois esta substância aumenta a agressividade e diminui a concentração, a capacidade visual, os reflexos motores e a coordenação neuromuscular. Por isso, é proibido em competição nas seguintes modalidades: aeronáutica, tiro com arco, automobilismo, karaté, pentatlo moderno, motociclismo e motonáutica. Beber álcool pode ainda reduzir a sensibilidade do atleta ao agravamento de lesões e, em competições realizadas sob temperaturas muito baixas, pode provocar hipotermia: o álcool aumenta a vasodilatação cutânea, provoca a perda de calor e diminui a percepção do frio.

O uso de álcool provoca uma série de efeitos secundários, quer imediatos, quer a longo prazo, listados pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT). O consumo excessivo causa “sonolência, turvação da visão, descoordenação muscular, diminuição da capacidade de reacção, diminuição da capacidade de atenção e compreensão, fadiga muscular, (…) acidez no estômago, vómito, diarreia, baixa da temperatura corporal, sede, dor de cabeça, desidratação, falta de coordenação, lentidão dos reflexos, vertigens e mesmo dupla visão e perda do equilíbrio”. Em caso de intoxicação etílica aguda, o consumidor pode ainda registar “depressão respiratória, coma etílico e eventualmente a morte”. A perda de vida pode ter origem noutra das consequências do consumo excessivo de álcool: os acidentes de viação.

A ressaca também é recheada de reacções negativas. “Entre as doze e as dezasseis horas seguintes à privação da bebida, aparecem: inquietação, nervosismo e ansiedade. Várias horas depois, podem aparecer cãibras musculares, tremores, náuseas, vómitos e grande irritabilidade. A partir do segundo dia de abstinência, nos casos mais graves, surge o denominado ‘delírium tremens’, caracterizado por uma clara desintegração dos conceitos, aparecimento de delírios, alucinações, fortes tremores”, descreve o IDT no seu site.

De acordo com este organismo estatal, o uso crónico de álcool pode provocar “deterioração e atrofia” do cérebro, “anemia, diminuição das defesas imunitárias” no sangue, “alterações cardíacas (miocardite), hepatite ou cirrose, gastrite, úlceras, inflamação e deterioração” do pâncreas, “transtornos na absorção de vitaminas, hidratos e gorduras” nos intestinos, “irritabilidade, insónia, delírios por ciúmes, mania da perseguição”, dependência física e psíquica, “encefalopatias com deterioração psico-orgânica (demência alcoólica) ” e tolerância negativa (pequenas quantidades de etanol chegam para se ficar ébrio). Em mulheres grávidas poder-se-á registar “síndrome alcoólica-fetal, caracterizada por malformações no feto, baixo coeficiente intelectual, etc”.

Anfetaminas

A anfetamina é uma droga social que tem efeito estimulante considerável no desempenho desportivo. É usada em doses elevadas para aumentar a agressividade e a capacidade de explosão. Em doses mais reduzidas, é usada para reduzir a sensação de fadiga e aumentar a concentração em treinos e desportos de resistência. Nas modalidades organizadas em categorias por peso, as anfetaminas podem ser utilizadas para controlar o peso através da redução do apetite.

O consumo de anfetaminas causa efeitos secundários fundamentalmente ao nível do sistema nervoso central e do cérebro, no sistema cardiovascular e no sistema digestivo. No primeiro caso, provoca agitação, hiper-actividade, irritabilidade, agressividade, paranóia, alucinações, vertigens, tonturas, dores de cabeça, dependência, hipersónia (aumento das horas de sono até 25 por cento acima do padrão normal), letargia, tentações suicidas, falhas de memória e ainda descoordenação motora. A anfetamina afecta a dopamina, neurotransmissor fundamental no controlo de movimentos, cognição e temperamento, e pelo menos um estudo científico encontrou provas de que anfetaminas e metanfetaminas provocam reacções inflamatórias no cérebro, o que, em idades avançadas, poderá estimular o desenvolvimento de doenças degenerativas.

Ao nível do sistema cardiovascular, estas substâncias pode originar arritmia, angina, palpitações, alterações na pressão arterial, rubor intenso, taquicardia e colapso cardíaco. No sistema digestivo podem ser registadas dores abdominais, náuseas, vómitos, sede e perda de apetite. Doses demasiado elevadas podem causar insuficiência respiratória, cianoses, distúrbios sexuais, dificuldades em urinar, convulsões e morte, segundo alerta o Instituto da Droga e Toxicodependência.

Durante um esforço físico, o maior risco originado pelas anfetaminas são a insolação e os ataques cardíacos. Estas substâncias começaram a ser produzidas em 1930 e causaram o primeiro grande caso polémico em 1960: o ciclista dinamarquês Knut Jensen sofreu um colapso devido ao uso de uma mistura de anfetaminas, cafeína e vasodilatadores, e acabou por morrer no hospital devido a uma crise cardíaca. Sete anos depois, durante a Volta à França em bicicleta, o britânico Mark Simpson faleceu enquanto tentava subir o mítico Mont Ventoux, porque o uso de anfetaminas lhe reduziu a percepção do cansaço, do calor excessivo e da desidratação que sofrera.

Médico Forndeceu doping a 23 estrelas do desporto

Legenda: Santana Moss, dos washington Redskins, é referido nos autos de acusação, noticia a imprensa de Baltimore.



Anthony Galea, médico de vários jogadores da Liga de futebol americano (NFL) e de outras estrelas como o jogador de golfe Tiger Woods, é o visado por uma queixa das autoridades federais dos EUA, relativa a tráfico de dopantes. Galea forneceu hormona de crescimento (hGH) a pelo menos 23 atletas, assim como Actovegin, um derivado de sangue de veado desprovido de proteínas.

A acusação foi formalizada em Buffalo, no estado de Nova Iorque. Galea é acusado de ter prestado falsos testemunhos às autoridades e por tentativa de fraude. Os autos não referem nomes de atletas, apenas à existência de três jogadores da NFL a quem Galea terá fornecido dopantes. Contudo, o Buffalo News noticiou que um desses atletas é Santana Moss, dos Washington Redskins.

Mas a lista de clientes é muito maior – pelo menos 23, de acordo com documentos da justiça canadiana, aos quais a ESPN teve acesso. De acordo com esta televisão desportiva, Galea encontrou-se com estes 23 atletas entre Julho e Setembro de 2009, em cerca de uma dezenas de cidades dos EUA, incluindo Nova Iorque, Boston, Washington e São Francisco.

O doutor Galea, de 50 anos, já era visado pela justiça canadiana por factos semelhantes aos descritos no processo nos EUA. Entre os seus pacientes encontram-se Tiger Woods, líder do ranking mundial de golfe e considerado o melhor golfista de sempre, a nadadora Dara Torres, participante em cinco Jogos Olímpicos, onde ganhou 12 medalhas, e Alex Rodriguez, estrela dos New York Yankees, equipa de basebol e ex-namorado de Madonna, que em 2009 admitiu ter usado esteróides anabolizantes entre 2001 e 2003.

Woods explicou recentemente a sua ligação a Galea, dizendo que se submeteu apenas a um tratamento que consiste em retirar sangue ao atleta, passá-lo por uma centrifugadora para retirar as plaquetas, ricas em factores de crescimento, e reinjectá-las na área de um tendão que o atleta tenha lesionado.

O antigo treinador de Woods, Hank Haney, confirmou à televisão The Golf Channel as explicações do jogador.
Retirado de: DN

Novidades:

"Jogo Sujo" (Reportagem)

Também no futebol o ano de 2009 ficou marcado pela palavra doping, não por algum controlo positivo em particular, mas antes pelas revelações bombásticas do antigo internacional português Fernando Mendes. No livro “Jogo Sujo”, ainda que sem denunciar nomes de personalidades ou clubes, Mendes revela que o consumo de produtos dopantes era prática comum na altura em que jogava futebol. Ao longo das páginas da obra, o ex-futebolista confessa como tudo se processava: “No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através da injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (…) A injecção tinha efeito imediato, enquanto que os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo”.Fernando Mendes denuncia ainda ter tomado “Pervitin,Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome “e que, apesar de todos os atletas saberem que estavam a consumir doping , nunca viu “um único colega insurgir-se perante esta situação”. No “Jogo Sujo” é ainda mencionado que muitas vezes os produtos eram testados em juniores: “Estava ali para servirem de cobaias e novas dosagens (…) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno”. Fernando Mendes revela também que eram os médicos da própria equipa a sortear os atletas que iriam aos controlos anti-doping. Todavia, as bolas que continham os números dos atletas eram forjadas: as esferas correspondentes aos jogadores que haviam tomado doping eram arrefecidas previamente, para que o clínico as “reconhecesse” e assim, não as seleccionasse.

Fonte: Revista Ciclismo a fundo